Sinto saudade de mim
Do que sinto, do que penso
Do que digo, do que escrevo
Do que sonho...
Porque me perco
De quando em vez
Nos meandros de vários sentires
Onde nuvens negras se confrontam
Com raios de sol persistentes
Numa luta que demora...
E tantas vezes
Quando tudo parece estar perdido
Unem-se as cores e odores
De uma Primavera que triunfa
Perante o gelo mais cortante
E eis que surjo eu novamente
Para meu gaúdio
E de quem me quer bem
Agora, partilho pétalas de sentir
Gotas de pensamento
Aromas de sonhos...
Sei que um dia
Me perderei novamente
Nos meandros de vários sentires
Mas hoje
Enlevo-me em mim
Embala-me na luz das estrelas
Deixo que a Lua me beije
Descanso...
Espero pelo Sol da manhã