Calo em mim
Palavras nunca proferidas
Mas grito-as
No meu silêncio
Oculto sentimentos
Que jamais ousaria deixar eclodir
Por saber que me achariam louca
Mas, da loucura derivo eu
Pois só loucos
Me lançariam no mundo
Insanos , pois!
Os que me permitiram crescer
Sem sequer saber
Se sobreviveria eu
Num mundo frio e racional
Pois...Talvez não...!
Perdoem-me então os sábios
Os altivos icebergues
Os ditos racionais
E afastem-se...
Não vá o calor das minhas emoções
Sempre tão à flor da pele
Derreterem as vossas arestas de gelo
Com qualquer raio de amor ou paixão
Deixem-nos, pois
A nós os loucos irracionais
No nosso mundo, no nosso chão...
Não deixem nunca
Que algo tão ridículo, como o simples sentir
Abale as vossas estruturas
Sempre tão gélidas...