Pois não sei
Tomam-me por forte
Serena
Inquebrável
Imbatível
Mas, ninguém sabe
Quantas vezes
Esquecida no silêncio
Lágrimas confessam
Aquilo que palavras não dizem...
Folgo depois num suspiro
Que me renova
Abro então portas
Que encostadas, esperavam brisas de bonança
E entram finalmente novos raios de esperança
Que traçam frescos sonhos
Que me lançam para fora
Do limite da agonia
...
...
...
Busco os arabescos
Espalhados no meu sentir
E em palavras semeio novas sementes
De luz, para te iluminarem
Novos trilhos de existência
Sopra o vento
devagar
Numa brisa de encantar
Em sonhos pejados de esperança
Na cor de sorrisos mil
Passa o tempo
Sem pensar
Sentindo apenas
Amar...
Sem limite de ser
Vem um beijo
Contando um conto de amor
Num abraço
Ardente
Despido
Por mim, sem pudor
Mais além
Colho uma flor de desejo
e desfloro-a sem qualquer pejo
Gozando então
Um sublime orgasmo de vida
Apenas e tão somente
Porque existo!...