Inconsciente da tua própria inocência
Enfrentas um mundo hostil
Com uma força gigante
E tão frágil que és...
Olho-te, pego-te, enrosco-te
Sinto-te sangue meu e dói
Pois também sangue meu
Te abandonou
Agarro as tuas pequenas mãos
Tento dar-te a sentir
Que estou aqui
E temo...
Pois não sei se tenho tempo
Porque não sei se tenho forças
O tempo escapa-me
A vida exige-me uma luta diária
E sei que estás aí
Sei que vais crescer
E receio não te viver o quanto quero
O quanto preciso...
Mas hoje
Respiro
E cultivo energias
Luzes e cores
Para que o teu futuro vibre
Numa esplendorosa Primavera
E amanhã,
Almejo ver-te sorrir
Depois....então se verá...
Até lá, beijo-te....