Encalhei no tempo
Num espaço limitado
Infinito...
Já nada procuro
Se nem sei o que espero encontrar
Em redor
Barreiras desmoronadas
Permanecem intransponíveis
O horizonte tende a nublar-se
Até que o breu cubra
A existencia do ser
Sem fim
Nem principio
Sem ter onde ir
Ou o que procurar
Sem sequer saber
Se continuo a sorrir
Sem saber porque vivo
Limito-me
Abstenho-me de sentir
Sentindo no entanto
O quê?
Pois...não sei
Num frêmito de emoções apagadas
Passo o dia que se apresenta
E arrasto-me
Encalhada no tempo
Neste momento
Apenas passo...