imersa nas sombras que a mágoa semeia
flutuo novamente à deriva
rumo a um porto desconhecido
fogem-me as rédeas do meu destino
ilusão minha julgar ser sua dona
deslizo por entre brisas de puro vermelho sangue
que escorre por entre nervuras da minha alma
quando reconheço que a felicidade é um mero acaso
qual raio bate na areia que se torna vidro bruto
mas de onde se cria a mais bela das peças
do mais refinado cristal
que se estremece e cai
se estilhaça em milhares de pontos de luz
que jazem na saudade do que foi
lembrando que tudo recomeça